Vesti minha boina e meu lenço vermelho e me toquei “pro Esteio”, como diz o Zé Alberto Andrade, da Rádio Gaúcha. Entrei no Parque de Exposições Assis Brasil com a primeira leva de visitantes na manhã luminosa e fria do último sábado (26), assim que os portões da Expointer foram, mais uma vez, abertos ao público.
É sempre bom voltar. Nos tempos de repórter, nunca fui especialista em campo e lavoura, mas cobri solenidades e visitas de presidentes e de candidatos ao parque. Também acompanhei coletivas de imprensa sobre os esperados números do evento.
Mas o que sempre gostei mesmo, de verdade, foi de caminhar pelo parque sem rumo para puxar conversa com quem vive da terra, ouvir as histórias do pessoal da agricultura familiar (e provar suas delícias), ver a alegria da criançada interagindo com os bichos e - claro - degustar um bom churrasco, porque ninguém é de ferro (amigos veganos e vegetarianos, me perdoem!).
A Expointer, apesar da importância econômica, é muito mais do que uma feira de negócios - e é exatamente por isso que atrai tanta gente e é tão popular. Desde o início, o evento se consolidou como ponto de encontro entre o campo e a cidade e um espaço de lazer.
A turma do Interior chega animada para ver o movimento, saber das novidades e fugir da rotina. O povo da cidade anseia por passear pelos pavilhões de animais, ver o banho das ovelhas (sempre um sucesso), comprar cuca, queijo, linguiça e tantas outras iguarias. No fundo, é uma forma de matar a saudade. E o melhor de tudo é que a Expointer 2023 está só começando.