Presente no slogan da feira, a inovação é uma das grandes marcas que devem ficar da 46ª Expointer, que começa no próximo dia 26 e vai até o dia 3 de setembro. Seja na estrutura da exposição, na tecnologia embarcada em máquinas ou no melhoramento genético dos plantéis, a premissa que norteia a busca por melhores resultados estará mais presente do que nunca no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Pelo menos é o que avaliam os organizadores do evento.
— Inovação e inclusão — diz a subsecretária de parque, Elizabeth Cirne Lima, sobre a edição de 2023.
Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva faz coro ao papel de destaque que a inovação terá na Expointer, junto com a tecnologia:
—É o assunto do momento. Acredito que o futuro da agricultura passa pela tecnologia.
Para o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, é uma inovação que busca se aproximar da cidade:
— Inovação, povo, negócios e a junção da imponência e excelência do agro para ficar ainda mais próximo da vida urbana.
Dar um espaço físico para as soluções customizadas do setor é a grande herança que a prefeitura municipal de Esteio quer deixar nesta edição. O prefeito Leonardo Pascoal destaca que será apresentado o projeto e lançada a licitação da obra de construção espaço do Hub Agro de Esteio, com coworking, salas e auditório:
— No Hub, será possível validar e consolidar programas, produtos e serviços frutos da inovação aberta e dos seus investimentos durante o ano, possibilitando as conexões de startups com corporações inovadoras e com o mercado. A ideia é que esse espaço e esse projeto sejam a "pedra fundamental" para a formação de um grande ecossistema de inovação no parque Assis Brasil.
Na área de máquinas, a tecnologia e a inovação sempre foram uma constante, mas se renovam a cada edição, sendo cada vez mais guiadas pela sustentabilidade, observa Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers).
— Essa será a primeira Expointer em que não teremos mais o fantasma da covid — acrescenta o dirigente.
O trânsito político intenso é apontado como outro ingrediente desta edição. Presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira entende que será uma "Expointer muito grande, como as outras", mas faz uma ponderação quanto aos resultados econômicos:
— É um ano de muitas dificuldades. Foi um ano de seca e os preços derreteram: na pecuária, na soja, no milho. O produtor perdeu a capacidade de investimento.
Diante desse cenário desafiador colocado, Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs/Sescoop-RS, vê na exposição deste ano uma amostra da resiliência, da capacidade de superação de todos os setores econômico.
— Mostrando uma feira cada vez maior, apesar de todas as dificuldades que estamos enfrentando.