O homem mais rico do mundo, que já foi definido como um ícone da “liderança criativa” e invejado pela forma pouco ortodoxa como conduz os negócios, está dando o que falar. De novo. Depois de ter viajado ao espaço na própria aeronave e arrematado o Twitter (rede social com mais de 200 milhões de usuários) pela bagatela de US$ 44 bilhões, Elon Musk (na foto) virou exemplo... do que não fazer. Pois é.
Na acepção ampla do termo (não estou falando apenas de executivos), líderes são fundamentais na sociedade. São eles (ou elas) os indutores de grandes mudanças e de quebras de paradigma. Pela capacidade de engajar, funcionam como guias em momentos de transformação.
O problema é quando esses faróis - em especial figuras de grande visibilidade midiática - cegam ou emitem sinais errados. Parece ser o caso de Elon Musk.
O novo dono do Twitter fez o contrário do que orientam todas as cartilhas da boa gestão. Para citar apenas um exemplo, mandou um ultimato aos colaboradores por e-mail, dizendo mais ou menos assim: ou você deixa de ser preguiçoso, assumindo uma cultura de trabalho “extremamente hardcore” e virando noites por mim, ou caia fora.
Não deu outra: centenas de funcionários pediram demissão no dia seguinte, provocando um baque na operação do negócio. Baita tiro no pé.
Um líder de fato é alguém que inspira. É alguém que não precisa ameaçar os subordinados ou gritar para chegar onde quer. No fundo, é aquele que atrai as melhores pessoas para perto de si, porque personifica um propósito de vida, algo que dê orgulho. Ególatras arrogantes já eram.