Há algumas semanas, longe dos holofotes e sem alarde, um conhecido livreiro de Porto Alegre comprou o acervo de um intelectual gaúcho já falecido. Entre os livros adquiridos, encontravam-se pré-originais (rascunhos) de Solo de Clarineta, obra autobiográfica de um dos mais célebres escritores do Rio Grande do Sul: Erico Verissimo, que morreu em 1975 e nos legou clássicos que atravessam gerações, como O tempo e o vento e o seu inesquecível capitão Rodrigo.
Repleto de anotações, rabiscos e desenhos (uma marca de Erico), o material (veja as fotos) é datado de dezembro de 1973 e, agora, pertence à Biblioteca Pública do Estado.
— Quando soubemos da existência dos pré-originais, reunimos o conselho e decidimos adquirir o material. É uma raridade e um presente para os gaúchos — diz o presidente da Associação de Amigos da Biblioteca Pública do RS, Gilberto Schwartsmann.
Em breve, o material estará à disposição na instituição, para quem quiser ver.
