Em uma manhã do início de abril de 1972 fui à loja King's Discos, na Galeria Chaves, comprar o LP Expresso 2222, primeiro que Gilberto Gil lançava depois da volta do exílio em Londres. Admirador do trabalho dele, eu me antecipava para conhecer as músicas do show que apresentaria dias depois no Teatro Leopoldina. Fui para casa ouvir e logo, na redação de Zero Hora, escrevi meu primeiro comentário de um disco – eu lia todas as resenhas de discos escritas por Ezequiel Neves no Jornal da Tarde e Tárik de Souza na revista Veja. Pensei em seguir aqueles passos. Não seria difícil, pois era editor de ZH Variedades (mais tarde Segundo Caderno) e havia bastante espaço. Sobre shows eu já começara a escrever.
Expresso 2222
Notícia
E um dia se passaram 50 anos
Posso dizer que minhas cinco décadas de carreira no jornalismo musical começam com um disco de Gilberto Gil e uma entrevista com ele
Juarez Fonseca