Depois de quase sete horas de música e narrativa, a última cena do documentário Uma Viajante Alma Paulistana mostra Guilherme Arantes hoje, caminhando na mesma rua em que apareceu na capa do primeiro disco, 40 anos atrás. Com esse simbolismo, o compositor que foi um dos maiores hitmakers da música brasileira quer dizer que está pronto para começar de novo. Dividido em três DVDs, o documentário é a autobiografia artística de Guilherme, que decidiu fazê-la assim, com voz e música, em vez de escrever um livro. Decidiu também que não entraria em intimidades pessoais que pudessem interessar “a um olhar voyeur”. As filmagens foram feitas em maioria no estúdio Coaxo do Sapo, no litoral de Salvador, onde ele vive desde 2000. Mas há muitas cenas externas.