Inspirado em Santa Catarina e no Espírito Santo, o novo QG da Defesa Civil no Rio Grande do Sul vai custar R$ 70 milhões. Ele funcionará em parte do terreno onde era a sede da CEEE, em Porto Alegre, conforme divulgado pelo chefe da Casa Militar, coronel Luciano Boeira, em viagem à Ásia.
O prédio administrativo será adaptado e um imóvel novo será construído na frente. A estrutura será chamada de Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres (Cegird).
Haverá um centro de operações, salas de monitoramento de radares, gabinete para situações de crise, centro de ensino, auditório, entre outros. Parte dos galpões do terreno também será usada. Um heliponto será instalado no terreno.
O projeto está sendo desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ideia do governo é que o edital seja encaminhado para licitação até o final do primeiro trimestre de 2025.
A expectativa é que as obras ocorram ao longo do ano que vem. A inauguração é prevista para o primeiro semestre de 2026.
- Depois das contratações, teremos uma das melhores estruturas de monitoramento, com rede de radares e de gestão de riscos e desastres do Brasil. Queremos, a médio prazo, nos tornarmos uma referência nacional - destaca o chefe da Casa Militar, coronel Luciano Boeira.
A antiga sede da CEEE serviu de gabinete de crise do governo gaúcho durante a enchente de maio. Também foi ponto central de doações. O imóvel, no bairro Jardim Carvalho, foi incorporado ao patrimônio do Estado quando a concessionária de energia foi vendida à Equatorial.
Centros Regionais
Além disso, dez prédios novos serão construídos no Rio Grande do Sul. Eles serão estruturas menores do que o imóvel de Porto Alegre, mas poderão se transformar em centros de gestão de risco contra acidentes regionais.
As obras serão realizadas e concluídas ao longo de 2025. O investimento em cada unidade será de R$ 7 milhões.
Ainda dentro da estrutura que o governo do Estado pretende oferecer está a adaptação de um caminhão 4x4, ao custo de R$ 8 milhões, que se transformará em um gabinete móvel. Com comunicação por satélite, ele pode se deslocar para locais afetados pelas condições climáticas.
Reforço de pessoal
Com a aprovação de um projeto na Assembleia Legislativa, a Defesa Civil também ganhará reforço de pessoal. O quadro de 40 servidores será ampliado para 150 com a contratação de funcionários temporários. Com uma equipe maior, a ideia é poder desenvolver projetos que envolvam a comunidade escolar, por exemplo.
Mais radares
O governo do Estado irá adquirir três novos radares meteorológicos. Serão investidos R$ 130,29 milhões. Um estudo de viabilidade irá apontar os locais onde os aparelhos serão instalados. Mas eles deverão ser posicionados no Sul, no Norte e na fronteira meio-oeste. O primeiro radar próprio foi instalado provisoriamente em Porto Alegre, mas deve ser transferido em definitivo para Montenegro.
Nível do rio
Além deste investimento, 130 novas estações de monitoramento hidrometeorológico, que fazem a medição do nível dos rios, serão adquiridas ao custo de R$ 19,15 milhões. Estes aparelhos irão se somar aos medidores já existentes. A régua mais recente voltou a funcionar na região do Cais Mauá.
Mancha de inundação
Outros R$ 7 milhões serão investidos em um projeto de modelagem hidrodinâmica. Ele consiste em realizar estudos para a previsão de eventos hidrológicos críticos e elaboração de manchas de inundação.