O estudo que irá embasar o projeto de concessão da Usina do Gasômetro para a iniciativa privada foi prorrogado. A empresa pública São Paulo Parcerias, da prefeitura paulista, terá até julho de 2025 para concluir os trabalhos.
O motivo do adiamento está relacionado com a enchente de maio. O térreo do prédio foi atingido, o que danificou a parte elétrica e exigiu que banheiros e o piso voltassem a passar por intervenção.
Para evitar que novos alagamentos atinjam o imóvel no futuro, a prefeitura solicitou que o edital preveja melhorias. Uma opção seria a instalação de portas que funcionem como comportas.
— Estava pronto para ir aí para o TCE (Tribunal de Contas do Estado), mas tivemos que incluir mecanismos de proteção contra cheias - informa a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini.
Os estudo ocorrem desde outubro de 2022. O projeto prevê que, por 20 anos, um parceiro faça a operação do local, mantendo o espaço aberto ao público e com acesso gratuito.
Estão previstos 13 espaços culturais na Usina como teatro, cinemas, salas de exposições, de danças e de ensaios. Também foram projetados pontos de permanência, além de cafeteria, bar, restaurante e loja de souvenir.
Uma consulta pública chegou a ser realizada entre fevereiro e março de 2024, a fim de ouvir a população. Ao todo, 93 contribuições foram enviadas. Uma audiência pública também já ocorreu para discutir o assunto.
Se não conseguir encontrar um único interessado para gerir o espaço, a prefeitura poderá escolher fatiar a concessão para cada uma das atividades. Este seria uma espécie de plano B à proposta original.
A Usina do Gasômetro está fechada desde novembro de 2017, por causa da falta de atualização de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). A reforma, que está em andamento desde janeiro de 2020, deve ser concluída em dezembro.
Como a obra ficará pronta antes da definição sobre quem irá administrar o prédio de 1928, as portas até serão reabertas, mas ainda sem o funcionamento do teatro, cinema, cafeterias e restaurantes. O local poderá ser usado para realização temporária de eventos, utilização dos banheiros - tão escassos na Orla -, e para visitação do espaço, que está fechado há quase sete anos.