O principal aeroporto do Rio Grande do Sul ainda briga contra a água. Quase 30 dias depois de ter as atividades suspensas, o Salgado Filho ainda tem zonas em que não é possível ver a pista.
Um sobrevoo realizado nesta sexta-feira (31), demonstra a situação. A parte mais central da pista já está seca, mas as bordas ainda não.
A área de circulação de aviões e de carros do aeroporto também ainda não permite o tráfego com segurança. Já mais próximo do terminal de passageiros, a concentração de água é ainda maior.
As imagens foram captadas pelo deputado estadual Frederico Antunes (PP), presidente da Frente Parlamentar da Aviação Regional. Ele conversou com a presidente da Fraport Brasil, Andreea Pal, que o informou que até o fim do mês de junho será possível dar uma previsão sobre quando o aeroporto poderá retomar as operações.
Enquanto isso, e a partir dessa complexidade vivida pelo Salgado Filho, os aeroportos regionais estão recebendo mais investimentos para poder ampliar a quantidade de voos.
- Nós podemos usar os aeroportos de Uruguaiana, Rivera, Bagé e Pelotas para voos do Mercosul. Podemos voltar a ter voos para Buenos Aires e Montevidéu, sem a necessidade de se cruzar o Estado até Caxias do Sul - destaca Antunes.
Na próxima segunda-feira (3), o Salgado Filho passará por uma nova vistoria. O terminal está com as operações suspensas desde 3 de maio, devido aos alagamentos na Capital.
Na primeira visita realizada ao local, técnicos que tiveram acesso à área constaram que parte da pista está esfarelando. Antes da inundação, a Fraport estava trocando o asfalto da pista. Ainda não é possível saber se essa intervenção pode estar relacionada com este aparente problema identificado nesta semana.
O Salgado Filho ainda não tem previsão de reabrir. Na semana passada, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) comunicou o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Aeronáutica que os voos estão suspensos pelo menos até 7 de agosto.