Depois de um período de incertezas, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) começou a análise do pleito de reequilíbrio econômico-financeiro formulado pela Fraport. A autarquia federal reconheceu o caráter fortuito, de força maior da enchente que alagou o aeroporto Salgado Filho.
Essa era uma condicionante necessária para garantir o ressarcimento de recursos que o governo irá repassar à empresa. Na análise estão sendo avaliados: o seguro relacionado ao dano observado, os prejuízos causados pelas enchentes, os custos de reconstrução do aeroporto, bem como outros impactos da enchente na concessão do Salgado Filho, que não foram detalhadas.
Após a análise técnica, o pedido será analisado pela diretoria colegiada da Anac. Uma reunião nesta terça-feira (18) vai reunir a CEO da Fraport no Brasil, Andreea Pal, e os ministros Paulo Pimenta (Reconstrução), Rui Costa (Casa Civil) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
Na semana passada, Andreea informou a deputados que a Fraport devolveria a concessão se o governo federal não repassar recursos. Ela informou que a empresa não tem recursos para fazer os reparos necessários.
Nos cálculos da Fraport, a reforma no aeroporto custará em torno de R$ 1 bilhão. O seguro contratado, porém, só cobriria R$ 130 milhões. Como o contrato firmado com o governo federal não previa esses investimentos, para garantir o restante das obras necessárias, a União precisaria aportar novas verbas.
Uma análise da pista do aeroporto está em andamento. Os resultados deverão ser conhecidos em julho.
No melhor cenário, onde a Fraport só precisará aplicar um novo asfalto na camada mais superficial da pista, o aeroporto não será reaberto antes de setembro, segundo ela. E quando voltar a ter operações, o Salgado Filho funcionará de forma parcial.