As duplicações da BR-116 e da BR-290 não irão receber investimentos de fontes estaduais. O governo do Estado corrigiu informação que foi repassada na segunda-feira (29).
A divulgação foi feita após cerimônia de assinatura do protocolo de intenções de um novo parque industrial em Barra do Ribeiro, que será construído pela empresa chilena CMPC. Na ocasião, havia sido informado que a duplicação de 376 quilômetros das duas rodovias receberia investimento privado.
Agora, o governo informa que irá "gestionar" junto à União para que as obras sejam concluídas. Os investimento que serão feitos pela CMPC ocorrerão em três obras de acessos municipais.
A empresa aportará recursos. Quando a nova fábrica estiver em funcionamento, os valores devidos em ICMS serão descontados do montante que ela pagará pelas obras que realizará.
Obras em andamento
A duplicação da BR-290 ganhou fôlego novo no governo Lula. Iniciada em 2014, a obra voltou a receber recursos expressivos. Tanto que, em junho, 14 quilômetros de pista nova deverão ser liberados para uso. A ideia anterior era entregar esse trecho em abril.
A obra foi dividida em quatro lotes. Dois deles estão em andamento. O terceiro será retomado a partir de sexta-feira, após anos de espera. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) avalia o que irá fazer com a o último lote, mais próximo da BR-116, que ainda não teve a duplicação retomada.
Na BR-116, novas contratações voltaram a ocorrer para retomar obras em trechos entre Guaíba e Pelotas que estavam sem intervenção. O Dnit informa que a duplicação da pista principal deverá ser praticamente finalizada em 2024.
Tentativa frustrada
Em julho do mesmo ano, os deputados rejeitaram o projeto. Proposta recebeu 26 votos contrários e 25 favoráveis.
Na ocasião, o Estado apresentava boa saúde financeira, em parte garantida pela venda de patrimônio. Também não havia discussões sobre aumento da alíquota do ICMS para garantir investimentos no Rio Grande do Sul.