O corredor de acesso, alternativa que está permitindo que veículos consigam acessar Porto Alegre de forma mais rápida, surgiu na terça-feira (7). Ela partiu do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva.
Em contato com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Assis Arrojo, Hiratan pediu que a prefeitura providenciasse uma forma dos caminhões e veículos de emergência chegarem mais rápido em Porto Alegre. A ideia já vinha sendo adotada pelo Dnit na BR-116, em São Leopoldo, e na BR-290, em Eldorado do Sul.
Assis levou a ideia ao prefeito Sebastião Melo, que determinou que as secretarias fizessem com que a ideia saísse do papel. No fim da tarde de sexta-feira (10), os primeiros veículos já começaram a usar o acesso, desviando das únicas entradas disponíveis até então - na RS-118 e na RS-040.
Num primeiro momento, o objetivo era criar o caminho pela Avenida Assis Brasil. Porém, a via tem um longo trecho alagado, o que faria com que a obra demorasse muito tempo para sair do papel, além de ser muito cara.
Construí-lo na Rua da Conceição foi a solução encontrada. Porém, era necessário reconstruir o trecho entre a freeway e a Avenida Castello Branco, que foi levado pela força da água. Essa obra foi finalizada ainda na terça-feira pela CCR ViaSul.
Um outro obstáculo encontrado foi a passarela que corta a Rua Conceição. Num primeiro momento ela não seria parcialmente demolida. Porém, como foi preciso elevar a via em mais de dois metros, e como a travessia para pedestres tem altura de 4m20cm, os veículos de carga não conseguiriam passar.
Ainda não se sabe por quanto tempo esse caminho será usado. Mas ele vai permitir que caminhões com suprimentos para abrigos, hospitais, mercados e farmácias, ambulâncias e veículos das forças de emergência e segurança pública, não precisem mais se deslocar por dentro do Caminho do Meio, RS-118 e RS-040 para conseguir entrar na Capital.
As pedras que foram usadas para elevar a Rua da Conceição serão reaproveitadas nas obras de Porto Alegre. Elas foram fornecidas pelo grupo Zandoná, que decidiu doar à prefeitura metade do material usado. O dinheiro que será pago pelo restante do material será destinado para os funcionários da empresa que tiveram prejuízo com as inundações.
Como funciona o tráfego
No tráfego, no sentido Litoral-Capital, o motorista vem da freeway, desce o viaduto, acessa o trecho de pedras do corredor e, depois, pega Sarmento Leite, Osvaldo Aranha ou João Pessoa.
No sentido Capital-Litoral, o motorista segue pela Osvaldo Aranha, acessando Sarmento Leite na contramão, Túnel da Conceição pela contramão e, depois, passa pelo trecho de pedras do corredor de acesso até chegar na Castelo Branco.
Os veículos seguem até a Ponte velha do Guaíba, onde um bloqueio direciona os veículos para a freeway no sentido Porto Alegre-Litoral.
Permissão para circular
Podem utilizar o corredor caminhões com suprimentos para abrigos, hospitais, mercados e farmácias. Também estão autorizadas ambulâncias e veículos das forças de emergência e segurança pública.
Há restrição de altura para utilização da passagem. Com as camadas de pedras depositadas, houve uma elevação no nível da rua, determinando capacidade máxima de 4m20cm para os caminhões que farão a travessia pelo corredor.