Sete meses após ter sido contratada pelo consórcio GAM3PARKS, a empresa Atelier Sul Acústica e Engenharia apresentou os primeiros resultados da medição de ruído que realizou na região do do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Os dados foram compartilhados em reunião realizada no Ministério Público Estadual na segunda-feira (8).
Das 11 medições que haviam sido programadas, apenas três foram realizadas. Das que ocorreram, só uma foi realizada dentro do parque. A instabilidade climática foi apontada como responsável pela demora na conclusão das análises. A norma brasileira estabelece que as captações de som não podem ser realizadas durante precipitações pluviométricas, trovoadas ou sob condições ambientais de vento.
Nas três medições efetuadas, foram identificados pontos com ultrapassagem dos níveis de ruído no Centro Histórico, no Morro Santa Tereza e no Bairro Vila Assunção. De acordo com a empresa responsável pela medição, apesar de ter ultrapassado o limite permitido, a variação foi muito próxima do que estabelece a legislação.
Além disso, em uma das datas, um evento ocorreu no Clube Veleiros do Sul, "de tal forma que os resultados não foram conclusivos". Na reunião, representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) destacaram que há reconhecimento por parte da prefeitura de que é necessário disciplinar o tema do controle dos ruídos associados a grandes eventos.
Dessa forma, as avaliações vão continuar. A contratação faz parte de um termo de compromisso que foi assinado com a prefeitura de Porto Alegre, que está sendo fiscalizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Ruído controlado
O plano de mitigação de ruídos deverá contemplar o estudo acústico e medidas para amenizar os impactos de eventos com emissão sonora que causem incômodo. Também deverá ter a realização de estudo que mapeie as áreas de influência direta e indireta dos eventos. O levantamento também precisará prever um projeto contendo a implantação dos eventos, demonstrando a localização do palco e dos equipamentos sonoros, com marcação das áreas próximas que podem ser atingidas por som incômodo.
As caixas amplificadas precisarão ser posicionadas de maneira a não direcionar o som para as zonas de conflito identificadas. Quinze dias após a realização de cada evento sonoro, a concessionária deverá apresentar um relatório de medição e avaliação de níveis de pressão sonora.