Uma década depois, o projeto de duplicação do Caminho do Meio será retomado. Por falta de verba, o estudo que prevê vias mais amplas entre Porto Alegre, Alvorada e Viamão, estava parado.
Porém, o governo do Estado vai usar R$ 3,55 milhões para atualizar o levantamento que fora realizado a pedido da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) em 2012. A ideia é duplicar a Avenida Protásio, a partir da Avenida Saturnino de Brito, até a RS-040, em Viamão.
Além disso, o trecho envolvendo a Estrada do Cocão, entre a RS-040 e a Avenida Frederico Dihl também receberia investimento. Ao todo, 23 quilômetros irão receber mais pistas, corredor de ônibus, ciclovia, calçadas, novas paradas de ônibus e iluminação.
A licitação para contratar a empresa que executará a atualização será lançada em julho. Ela terá prazo de oito meses para realizar o serviço.
O projeto vai dizer o tempo de execução da obra, mas a estimativa prevista é que a duplicação deverá durar três anos. A intenção do governo é poder iniciar a duplicação a partir de 2025.
A obra está estimada em R$ 209,80 milhões. Neste montante não está incluso o valor referente às desapropriações de terra que serão necessárias.
- O governo vai disponibilizar até 70% dos recursos necessários para essa obra. A ideia é buscar parceria com a bancada federal no Congresso para garantir a complementação dos recursos - destaca o titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallman.
Estudos feitos pela Metroplan apontam que só no transporte público será possível ganhar 20 minutos de tempo no deslocamento entre as cidades.
Região em crescimento
A região tem recebido muitos condomínios nos últimos anos, o que tem aumentado a quantidade de veículos trafegando pelo local. Dados de agosto de 2020 da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), indicaram que 24 mil veículos passavam a cada dia útil na região, próximo à Manoel Elias, em ambos os sentidos.
Em 2013, a obra recebeu recurso federal, mas a demora para retirá-la do papel fez com que o então Ministério das Cidades, em dezembro de 2016, anunciasse o cancelamento da verba. A ideia era duplicar o trecho e implementar corredor de ônibus, deixando a via com mais condições para receber a quantidade de veículos que recebia.