Depois de uma série de adiamentos, enfim, a prefeitura de Porto Alegre recebeu as propostas dos interessados em realizar os estudos que tratam da despoluição do Arroio Dilúvio. Três grupos se candidataram.
O primeiro deles é o consórcio Regeneração Urbana Dilúvio. Ele é composto pelas empresas Profill, Consult e Pezco. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi a segunda interessada. Por fim, o consório OUC Avenida Ipiranga, composto por Houer, Ethos, Aval, Viana e Masterplan.
Caberá ao vencedor desenvolver os levantamento ambientais, econômicos, urbanísticos e sociais da região. Pelos estudos, a prefeitura prevê pagar até R$ 6,42 milhões.
A diretoria de licitações e contratos da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap) está avaliando a documentação das empresas. Posteriormente analisará a proposta dos grupos classificados para a próxima etapa. A partir da assinatura do contrato, o grupo terá até dois anos para desenvolver os trabalhos.
Com cerca de 17 quilômetros de extensão, o Dilúvio tem sua nascente no município de Viamão e deságua no Guaíba. Já a Avenida Ipiranga tem 9,4 quilômetros passando por onze bairros da cidade. É considerada uma importante via de mobilidade urbana, além de possuir ciclovia em toda sua extensão.
Por ano, o trecho do Dilúvio na avenida recebe aproximadamente 50 mil metros cúbicos de terra e lixo, valor equivalente a dez mil caminhões-caçamba cheios. Há também trechos sem saneamento básico e com o esgoto cloacal conectado direto no pluvial.
Após a conclusão dos estudos, a intenção é iniciar as obras num primeiro trecho – partindo da foz do Dilúvio, na orla do Guaíba. Essa primeira intervenção, que incluiria uma despoluição ao menos parcial daquela área, custaria em torno de R$ 60 milhões, valor que o governo se dispõe a bancar. Mas, para fazer a revitalização completa do arroio, a estimativa chega a R$ 1,5 bilhão.
A prefeitura pretende autorizar a construção de prédios mais altos na avenida. A ideia é atrair o interesse de empreendedores por meio dos chamados leilões de índices construtivos.