As dívidas que a antiga OAS deixou com os bancos, por causa da construção da Arena do Grêmio, voltaram a ser questionadas na Justiça. Três instituições financeiras estão solicitando a penhora do estádio e de demais bens como forma de assegurar os valores devidos.
A ação impetrada por Banrisul, Banco do Brasil e Santander tramita na 37ª Vara Cível de São Paulo. A juíza Adriana Cardoso dos Reis havia determinado um prazo para que os credores estipulassem o que pretendiam penhorar.
Os papéis da Coesa - que comprou a parte imobiliária da OAS - e da Karagounis foram avaliados em R$ 267 milhões e a dívida questionada é de R$ 226,39 milhões. O montante devido corresponde ao valor financiado pela construção de parte do estádio.
Em julho de 2022, a mesma juíza já havia determinado que a Arena Porto-Alegrense pagasse os valores devidos. Dos R$ 210 milhões financiados para a construtora OAS - hoje chamada de Metha -, R$ 66 milhões foram pagos.
Mais uma ação
Em outro processo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a prefeitura de Porto Alegre e o Ministério Público do Estado tentam tirar as obras do entorno da Arena do Grêmio do fim da fila de pagamento da recuperação judicial da OAS. Em 2015, quando foi homologado o plano de recuperação judicial da construtora, a prefeitura havia solicitado à Justiça paulista que alterasse a natureza da obrigação da construtora. A decisão de primeiro grau foi favorável à prefeitura, mas revertida posteriormente.
Fora dos tribunais
Grêmio e as empresas Karagounis e OAS 26 articulam a troca de chaves envolvendo o estádio Olímpico e Arena. Já os vereadores de Porto Alegre deverão tratar, ao longo de 2023, sobre a possível desapropriação do estádio Olímpico, caso as obras não comecem logo.