Apesar de ter evoluído bastante em 2019 e 2020, a duplicação da BR-116 - entre Guaíba e Pelotas - patina. Dos 211 quilômetros que estão sendo duplicados desde 2012, 136 já estão liberados, o que corresponde a 64%.
Dos 10 lotes, somente um foi concluído, quatro estão com obras paradas, e outros cinco estão em andamento, mas sendo executados em ritmo lento. No ano passado e em 2022, por exemplo, pouco se avançou. O principal entrave é a falta de recursos.
E o ano de 2023 parece que seguirá o mesmo caminho. Na proposta orçamentária para o ano que vem, o investimento deverá ser de R$ 50 milhões na obra, o que é pouco perante o necessário.
Desde 2018, os lotes um e dois, entre Guaíba e Tapes, são de competência do Exército. As obras foram retomadas em janeiro do ano seguinte. Dos 50 quilômetros, 26 já estão liberados para uso. Ainda em outubro é aguardada a entrega de um trecho de mais 10 quilômetros, que já fora prometido para dezembro de 2021. Pelo que ainda resta de obras, é possível que os demais 24 mil metros só fiquem prontos no final do próximo ano. Contratualmente, as Forças Armadas deveriam terminar seu trecho em 2022.
O lote três, em Sentinela do Sul, está com obras paradas desde janeiro de 2021. Falta executar um trecho da duplicação e construir o viaduto de acesso a Tapes. O contrato com a empresa responsável terminou e não foi renovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O governo federal incluiu essa obra na concessão da BR-116 e BR-290. Pela previsão contratual, a execução desses serviços só será realizada ao longo de 2026.
O lote quatro, entre Sentinela do Sul e Camaquã é o único que está 100% pronto. As obras de aproximadamente 24 quilômetros foram concluídas em dezembro de 2020.
A boa notícia de 2022 veio para o lote cinco. A obra estava parada há alguns anos. Uma nova empresa foi escolhida, que já está executando os serviços. Aproximadamente 45% dos trabalhos já foram realizados. Dos 25 quilômetros, nenhum foi liberado. Se não faltar recursos, a obra deverá ser finalizada ao longo de 2023.
Já o lote seis, em Cristal, está com obras paradas. O contrato com a empresa responsável terminou e não pode mais ser renovado. O Dnit precisar realizar nova licitação para a conclusão dos serviços remanescentes. Se tudo transcorrer dentro dos prazos, os 10 quilômetros que ainda não foram entregues, do pacote de 26, estarão prontos até junho de 2024.
No lote sete, os trabalhos estão sendo executados. Dos 21,6 quilômetros falta concluir a construção do viaduto de acesso ao município de São Lourenço do Sul. A estrutura está cerca de 40% executada e deverá ser finalizada até junho de 2024.
O lote oito, entre São Lourenço do Sul e Turuçu, a duplicação está parada. Dos quase 19 quilômetros, somente 8 foram entregues. O trecho nove, de Turuçu a Pelotas, também não tem serviços em execução.
Dos 23 quilômetros, 21 estão liberados. Em ambos os casos, a duplicação só deverá ser finalizada ao final de 2024.
Por fim, resta a construção da ponte sobre o Rio Camaquã e do viaduto no acesso secundário de Camaquã. Essas obras foram indicadas recentemente como lote dez. A empresa responsável está executando o projeto. Somente em 2025, os trabalhos serão finalizados, se houver disponibilidade de recursos.
A obra foi contratada a R$ 868,94 milhões em 2012. Pelos cálculos atualizados, do Dnit, a duplicação será finalizada ao custo de R$ 1,5 bilhão.