Uma área de 3.380 m², localizada no Cais do Porto, será leiloada pelo governo federal. O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos opinou favoravelmente ao negócio.
O terminal POA11 - ou armazém E1 - será destinado para a movimentação e armazenagem de trigo, cevada, arroz, fertilizante ou sal. Ele fica no Cais Navegantes, às margens da Avenida Castello Branco, perto do prédio da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) - que também será leiloado em breve.
O edital deverá ser publicado até setembro. Já o leilão está programado para ocorrer até dezembro. Os valores ainda não são conhecidos. O período de contrato será de 10 anos, sendo um de pré-operação e 9 anos de operação do terminal.
O vencedor da disputa precisará reconstruir o teto do local, que desabou. Segundo a Portos RS, o armazém já estava desocupado quando o teto colapsou.
Um levantamento chegou a ser feito para a contratação emergencial de recuperação do telhado. Porém, o custo foi considerado excessivo. Um laudo detalhado das condições reais do armazém foi confeccionado para servir de subsídio por quem for realizar o serviço.
Cais do Porto
Porto Alegre tem três portos. O mais conhecido é o Mauá, mas não é mais um porto operacional. O Cais Marcílio Dias, tem área operacional, mas não está recebendo atualmente movimentação de navios. Dessa forma, o único cais com recebimento de produtos é o Cais Navegantes. A área do Cais Navegantes vai da Estação Rodoviária de Porto Alegre até a ponte mais antiga do Guaíba.
O Navegantes recebe navios de longo curso, que trazem fertilizantes, cevada e bobina de aço. Somente de cevada chegam dois navios por mês.
Cevada é o segundo produto mais movimentado, atrás dos fertilizantes. Bobinas de aço caiu bastante na pandemia. Mas com o aquecimento da economia pós pandemia se espera normalizar os desembarques.
A cevada vai para a Maltaria Navegantes, localizada na Rua Voluntários da Pátria, e também para Passo Fundo. O importador é a AMBEV.
Os armazéns do Porto são utilizados para recepcionar as mercadorias após desembarque para dar produção a operação portuária. Uma operação portuária rápida e eficiente reduz o tempo de estadia dos navios nos portos diminuindo o custo do transporte.