Prepare a isca, o caniço e a cadeira de praia. Não será neste veraneio que os pescadores da região da Barra de Tramandaí precisarão concorrer com as máquinas e operários.
Diferente da projeção feita pelo governo do Estado, as obras da nova ponte entre Imbé e Tramandaí não começarão em 2022. A obra é aguardada há mais de 20 anos.
Em janeiro, o Palácio Piratini se comprometeu a passar R$ 34,07 milhões para a construção. O dinheiro está reservado, mas ainda vai demorar para ser usado.
O projeto está na fase de realização de estudos. Estão sendo usados recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, que destinou R$ 2,7 milhões por indicação de emenda parlamentar da bancada gaúcha.
Até agora, já foi possível realizar um estudo de viabilidade técnica, que identificou dois locais onde a travessia poderá ser construída. A primeira tem traçado de 1,6 quilômetro e previsão de investimento de R$ 142 milhões, por dentro da lagoa do Armazém.
A outra, mais curta, teria 180 metros e custaria R$ 40 milhões. Ela seria construída no mesmo local onde havia uma passarela, conhecida como Ponte das Sardinhas. Porém, o ponto conta com a presença constante de botos.
Em março, a empresa Garden foi contratada para avaliar a viabilidade ambiental das duas construções. Esse trabalho deverá durar aproximadamente quatro meses e irá começar quando houver autorização do governo federal.
Concluída essa etapa ainda restará realizar a contratação do projeto executivo. Ele é que irá definir o modelo da ponte e carga que a estrutura precisará suportar.
Somente depois disso é que será possível escolher a empresa que irá executar a obra. Otimista, o prefeito de Imbé Luis Henrique Vedovato (MDB) acredita que a obra possa começar ainda no primeiro semestre do ano que vem.
- A gente quer que seja feito no menor tempo possível, mas dependemos da destinação de recursos - comenta o prefeito.
Uma audiência pública seria realizada na quarta-feira (13) na Câmara de Vereadores de Tramandaí. Porém, o evento foi adiado por causa de superlotação. Uma nova data será marcada em breve.
A atual ponte, construída na década de 1950 e ampliada 30 anos depois, tem estrutura antiga e não comporta as necessidades atuais, especialmente durante a alta temporada de verão.