Depois de um ano e dez meses de obras, a revitalização da Praça da Matriz foi concluída no mês de maio. Para que, oficialmente, os trabalhos sejam considerados finalizados, porém, a Secretaria Municipal da Cultura (SMC) aguarda a vistoria por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um dos patrocinadores da reforma.
Uma das praças mais famosas de Porto Alegre teve melhorias como recuperação de todo o calçamento com pedras portuguesas, novas luminárias foram instaladas, as antigas foram restauradas. Além disso, o espaço ganhou um projeto paisagístico, além de novos brinquedos para a pracinha.
Durante toda a obra foi exigido o monitoramento arqueológico em razão da importância histórica da praça. Mas, mesmo após todo o investimento feito, as pessoas que passam pelo local reclamam não ter conseguido identificar onde a verba foi investida.
Segundo a prefeitura, a revitalização custou R$ 2,39 milhões. A coluna buscou informações referentes aos gastos realizados no local.
De acordo com o edital, que foi usado pra contratar a empresa Elo Construções e Instalações, a prefeitura tinha uma previsão de gastar até R$ 2,56 milhões. Nesta previsão orçamentária, o gasto com paisagismo era o maior de toda a revitalização e representava 25% de toda a obra - R$ 665,9 mil.
O planejamento de iluminação e as instalações elétricas aparecem logo depois, com um gasto aproximado de 18,3% - R$ 470 mil. A administração da obra tinha uma rubrica prevista de 18% - de R$ 365,4 mil.
O trabalho meticuloso de recuperação da pavimentação das pedras portuguesas receberiam pela projeção R$ 298,1 mil - o que equivalente a 11% do contrato. A compra de novo mobiliário como bancos, lixeiras, pracinha, era calculada em R$ 266,7 mil - 10% do total.
Com os cinco itens mais onerosos os gastos chegaram a R$ 1,52 milhão, em torno de 60% do investimento previsto. Os demais 40% são referentes a serviços de arquelogia - R$ 127 mil -, reformas na praça, demais obras de pavimentação, pinturas, entre outros serviços.
As obras começaram em julho de 2020. A revitalização deveria ter ficado pronta em fevereiro de 2021.
Todos estes valores não envolvem o Monumento a Júlio de Castilhos. Inaugurado em outubro de 1914, a escultura e a esplanada em que ela se encontra foram restaurados entre 2017 e 2018. Foi investido R$ 1,105 milhão na substituição de materiais degradados, limpeza, reboco, pintura e instalações elétricas nas luminárias.