Na semana que vem, a nova ponte do Guaíba vai completar um ano e cinco meses desde que foi inaugurada parcialmente. Desde então, a obra está parada, e longe do fim.
As quatro alças restantes seguem apenas no papel. Enquanto isso, motoristas que saem do centro de Porto Alegre, por exemplo, têm como alternativa mais próxima ainda depender do içamento do vão móvel da ponte antiga para conseguir se deslocar em direção ao sul do Estado.
A demora é tanta que já existem pessoas morando embaixo das estruturas de concreto que foram construídas, e estão posicionadas às margens da freeway. Elas estão prontas, aguardando a remoção das residências das vilas Areia e Tio Zeca, para serem instaladas.
Há um ano, o governo federal confirmava que o término da construção seria repassado para a iniciativa privada. A intenção permanece. Com a cobrança de pedágios será possível realizar as obras esperadas.
De acordo com o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o edital será lançado entre outubro e dezembro. A projeção indica que o leilão será realizado até março de 2023 e o contrato será assinado até junho do ano que vem.
E, segundo o Ministério da Infraestrutura, a execução das alças restantes da nova ponte será realizada no quarto ano desta futura concessão. Dessa forma, a obra só ocorrerá entre julho de 2026 e junho de 2027.
O estudo também vai incluir a duplicação da BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande ou Uruguaiana, além da manutenção e conservação da BR-116, entre Guaíba e Camaquã, e da BR-158 e BR-392, entre Panambi e Santana da Boa Vista. O investimento previsto é de R$ 5,57 bilhões por um prazo de 30 anos.
Os estudos foram conduzidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo consórcio LOGIT – ATP – QM – JGP e estão passando por revisão no Ministério da Infraestrutura. Falta ainda realizar a consulta e a audiência públicas e remeter o conteúdo para apreciação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Alças restantes
A alça de quem sai da Avenida Castello Branco para Eldorado do Sul é a principal. Mas também precisam ser construídos o acesso de quem vem de Gravataí pela freeway e vai para o Humaitá, a alça de quem vem de Eldorado do Sul e vai para o mesmo destino, e o sentido contrário, de quem sai do bairro e vai para Eldorado do Sul.