Após cinco anos, a antiga sede da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic) começará a receber movimento nesta semana. A partir desta quarta-feira (4), será realizado o cercamento do imóvel, localizado na Avenida Osvaldo Aranha, próximo ao túnel da Conceição.
Tapumes serão colocados para impedir o acesso ao prédio. A ação é preparatória para a demolição que se inicia na semana que vem. O desmonte do prédio - construído há mais de 40 anos - se dará de forma manual e mecanizada.
A empresa Base Demolições & Serviços foi contratada pela Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap). Para fazer todo o trabalho, até o transporte dos entulhos, a prefeitura irá pagar R$ 351,95 mil. A previsão é que o serviço seja finalizado em até cinco meses.
- Demolir o imóvel é uma decisão que visa solucionar questões como a insegurança pública causada aos pedestres e moradores do entorno, o risco de novas invasões e de incidentes gerados pelo estado crítico estrutural do prédio. Além disso, ainda temos a proliferação dos mosquitos da dengue. Outra ponto importante é a valorização do terreno em 600 mil reais no caso de eventual venda, segundo laudo de avaliação - destaca o secretário André Barbosa.
A prefeitura informa que irá lucrar com a medida pois a retirada do prédio irá dar um acréscimo de R$ 600 mil ao terreno. A demolição foi definida em março, após vistoria de engenheiros da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). A equipe identificou que o prédio precisava ser fechado imediatamente.
Sem a U FRGS
Recentemente, o prédio foi desocupado. Ele havia sido invadido por estudantes indígenas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A universidade informou à Justiça Federal que destinará um imóvel da instituição para a implementação de uma casa do estudante indígena.
O imóvel chegou a ser oferecido para a UFRGS, que demonstrou interesse em ocupá-lo com o Parque Científico e Tecnológico da UFRGS – Parque Zenit. Também funcionaria a Pró-Reitoria de Inovação e Relações Institucionais e a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (Sedetec) da universidade, e a sede do programa Pacto Alegre - que visa fomentar demais ações da universidade relacionadas à inovação.
A parceria duraria 30 anos. Em troca, a universidade providenciaria as obras de revitalização externa e interna do imóvel. Porém, após 12 meses, as negociações foram encerradas pela UFRGS. A prefeitura chegou a recusar outras propostas enquanto aguardava as definições da instituição.
Terreno à venda
O imóvel entrou na relação de mais de 90 bens que a prefeitura quer vender. Caberá aos vereadores decidirem se aceitam. E já há empresas interessadas no imóvel, que tem boa valorização, por causa da sua localização. O terreno está avaliado em mais de R$ 6 milhões.
O objetivo é usar os recursos arrecadados na recuperação e manutenção de outros espaços da cidade como parques, praças, Mercado Público ou ações de revitalização de zonas como o Centro Histórico.