Demorou mas, enfim, foi lançada a concorrência internacional que irá contratar o novo administrador da Rodoviária de Porto Alegre. O aviso de licitação está publicado no diários oficiais da União e do Estado.
As regras da disputa estarão disponíveis a partir desta quarta-feira (26). A abertura das propostas está agendada para 26 de agosto. Vencerá a concorrência quem oferecer o maior valor de pagamento ao governo gaúcho.
O valor a ser aplicado pelo novo administrador será de R$ 86,7 milhões - incluindo as intervenções exigidas pela prefeitura de Porto Alegre no entorno - ao longo de 25 anos de concessão. Do total, 70% das obras deverão ser realizadas nos primeiros três anos de contrato.
Diariamente, três mil pessoas e 80 ônibus passam pelo terminal. Antes da pandemia esse número era de 15 mil frequentadores e 500 veículos.
A crise no setor de transporte de passageiros é um agravante para a realização da licitação da rodoviária da Capital. As empresas têm acumulado prejuízos com a diminuição no número de passageiros. Especialistas avaliam que um edital montado com base no número de pessoas transportadas pode afugentar interessados.
Especulada e sugerida pelo prefeito Nelson Marchezan, o governo gaúcho rejeitou a ideia de mudar o local da estação rodoviária. Duas áreas chegaram a ser avaliadas. Uma delas envolvia a região do DC Navegantes. Como segunda opção, entraria o Terminal 2 do aeroporto Salgado Filho. Porém, a assessoria da Fraport negou que tenha ofertado a área.
Histórico de espera
A licitação da rodoviária vem sendo discutida há sete anos. Durante o governo de Tarso Genro - em julho de 2014 -, o Tribunal de Contas do Estado apontou irregularidades no contrato com a empresa Veppo, que administra o local há 80 anos. Na ocasião, se chegou a ser determinado um prazo de seis meses para que o Daer apresentasse um plano de regularização que envolvia a licitação dos serviços da Estação Rodoviária.
O estudo que embasou a licitação foi feito pelo consórcio de empresas KPMG / Manesco / Planos durante a gestão do governador José Ivo Sartori. O edital ainda passou por avaliação da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e Tribunal de Contas do Estado.