Preocupado com o centro de Porto Alegre, o agora prefeito eleito já terá decisões viárias a tomar nos primeiros dias de governo. No caso, Sebastião Melo precisará definir o futuro do viaduto dos Açorianos.
Na quarta-feira (25), a prefeitura pretendia receber as propostas para recuperação da elevada, mas nenhum empresa se interessou em realizar o serviço e a licitação foi considerada deserta. No edital anterior, foi oferecido até R$ 1,34 milhão para quem vencesse a concorrência.
Nestas últimas semanas de 2020, o governo Marchezan precisará encaminhar a nova disputa para que ela volte a ser realizada. O viaduto vai completar sete meses interditado em dezembro.
A passagem de veículos foi fechada no começo de maio, depois que foram constatados graves anomalias na estrutura de transição entre o terreno natural e o viaduto em si, na parte chamada de encontro. Nas análises preliminares, foram encontradas rupturas e deformações em vigas, além de rachaduras nos pilares.
Técnicos da prefeitura notaram os problemas em agosto de 2019, em vistoria anual, e solicitaram a contratação de uma empresa para a elaboração de laudo técnico. Foi realizada, pela primeira vez em mais de 10 anos, inspeção na parte interna do viaduto.
Um laudo atestou a real situação da travessia. Os apontamentos feitos indicam que o viaduto não corre risco de queda. A primeira ação a ser desempenhada é fazer o escoramento do viaduto.
Caberá ao prefeito e sua equipe decidir executar as obras em um tempo menor para poder liberar o trânsito no local mais rapidamente ou autorizar a passagem de veículos e estender os trabalhos por mais tempo. Se a segunda hipótese for escolhida, o projeto da reforma da elevada prevê que as obras sejam realizadas em 10 meses.
Essa deve ser a maior intervenção realizada no viaduto de 202 metros de extensão desde a construção, em 1973. O projeto sobre as condições da elevada foi elaborado dentro do prazo de 55 dias e teve investimento de R$ 84.457,97.