Os frequentadores da orla do Guaíba vão precisar esperar um pouco mais para poder desfrutar de mais um espaço revitalizado na região. O projeto Embarcadero, que está revitalizando o trecho entre a Usina do Gasômetro e o armazém A-7 do Cais, deveria ser aberto em 20 de outubro.
Porém, o enfrentamento da pandemia alterou os planos. A transferência de data acabou sendo inevitável para que as obras possam ser concluídas e as empresas que aderiram à ideia tenham tempo para poder se estruturar. A chuva dos últimos meses também acabou sendo uma adversária.
Pela nova projeção, os lojistas começarão a montar seus espaços em até três semanas. A partir daí, o objetivo é que já nos primeiros dias de dezembro seja possível começar a receber os primeiros clientes.
Enquanto isso, as equipes que trabalham nas obras estruturais estão montando o telhado da área dos restaurantes, preparando a área para crianças e da operação da oferta de lanches, além da construção dos banheiros. O projeto é capitaneado pelas empresas DC Set e Tornak.
Projeto Embarcadero
A proposta tem a intenção de mudar a paisagem em 640 metros da orla do Guaíba, entre a Usina do Gasômetro e o armazém A-7. O projeto pretende oferecer espaços para contemplar o pôr do sol, para prática de esportes, com restaurantes e lancherias, entre outras atrações.
A previsão de ocupação do local feita antes da pandemia projetava de 5 mil a 7 mil pessoas por dia. Aos finais de semana a expectativa de público estimada é de 15 mil pessoas por dia.
Na frente do conjunto de seis galpões, contêineres foram instalados. Neles, os restaurantes vão oferecer almoço, janta e happy hour. Eles terão capacidade para atender até 700 pessoas.
Ao lado da área gastronômica, está o beach club. Será uma área para contemplar o rio, com projeção total de até 400 cadeiras dispostas, com serviço de venda de bebida e um mini-palco para shows.
Uma outra área de alimentação do Embarcadero vai oferecer lanches rápidos. Junto a ela haverá também um parque com brinquedos infantis. Duas quadras de esportes de areia também estão contempladas no projeto.
Um "mini mall" vai oferecer opções de serviço para os frequentadores. Haverá ainda espaço para feiras e eventos. O Embarcadero terá também banheiros, bicicletário e 600 vagas para veículos, em duas áreas de estacionamento.
A "esquina das artes", um espaço para mostras culturais; e a "praça do gaúcho", com comercialização de produtos típicos; não serão mais viabilizadas nesta etapa do projeto.
O Cais do Futuro
Em junho, o governo do Estado e representantes do Embarcadero assinaram um pré-contrato depois que o Piratini rompeu, em maio de 2019, o vínculo com o consórcio que deveria revitalizar a região do Cais Mauá. O contrato final ainda não foi firmado porque o Estado aguarda decisão do governo federal sobre a proposta de redesenho da poligonal de Porto Alegre, como é chamada a área portuária da cidade. E já houve sinalização por parte do Ministério dos Transportes.
O novo desenho suprime da área portuária da cidade o Cais Mauá e os clubes náuticos situados entre as pontes do Guaíba. Com essa medida, intervenções na área deixarão de passar pela ingerência da Secretaria Nacional de Portos e pelos entraves de uma área com este fim.
Em paralelo a isso, está saindo do forno o termo de referência que irá embasar a licitação que pretende contratar a empresa que irá estudar o futuro do Cais. O cenários possíveis levam em conta a possibilidade de fracionamento da área da cais, para venda de lotes ou troca de terreno pela revitalização dos armazéns e construção de equipamentos públicos.