A publicação de um novo termo aditivo corrigiu o valor da ampliação da Avenida Severo Dullius, zona norte de Porto Alegre. O aumento foi de R$ 2,39 milhões. Este era um passo necessário para a retomada dos trabalhos, que estavam parados desde novembro de 2019.
A obra foi contratada a R$ 71,47 milhões. Porém, com a publicações de novos aditivos, o valor final foi sendo reduzido a até R$ 67,31 milhões. Mas, desde 2017, o reajuste já chega a R$ 5,6 milhões. Com isso, a construção custa atualmente R$ 72,91 milhões.
A retomada dos trabalhos foi anunciada há quase um mês. Para que a obra possa prosseguir, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) já retirou 1,5 mil toneladas de lixo do local. A construtora Procon executa a terraplenagem em um dos trechos da ampliação de 1,9 quilômetros.
Atualmente, a obra está com 57,5% dos serviços já executados e a previsão é concluí-la até agosto de 2021. No fim de julho, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) decidiu dar o último voto de confiança à prefeitura e manter liberado R$ 35 milhões do financiamento para o término dos trabalhos. Para que o financiamento não fosse cancelado, a obra precisaria comprovar avanço até 30 de setembro.
- A chuva atrapalhou nossos planos, mas acreditamos que com o que já fizemos até agora vamos conseguir demonstrar avanço ao ministério - destaca o secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim), Marcelo Gazen.
Ainda neste ano deverão ser iniciados os trabalhos de recuperação do canal do Arroio Areia, com a execução das duas passagens sobre o canal. Ainda será necessário concluir o projeto de desvio do canal Passo da Mangueira, localizado no encontro entre as ruas Dona Alzira e Severo Dullius.
Quando pronta, a ampliação da avenida será uma alternativa para se deslocar entre a BR-116 e a Avenida Assis Brasil sem precisar passar pela frente do aeroporto Salgado Filho, por exemplo.
Histórico de problema
O contrato foi assinado em novembro de 2012, mas a ordem de início só foi dada em junho de 2013. Essa era uma das obras previstas para a Copa de 2014.
A prefeitura teve que readequar o traçado em virtude de restrições ambientais, pois a via passaria sobre um aterro sanitário. A autorização para início dos trabalhos só ocorreu em setembro de 2015.
A primeira paralisação dos serviços ocorreu em fevereiro de 2017 por falta de pagamento. A ordem de reinício da construção foi dada em junho de 2019. Cinco meses depois, a obra foi novamente suspensa por falta de projetos e de pagamentos.