Os usuários da BR-116 já se acostumaram com elas. Alguns até já as esqueceram. Mas as câmeras instaladas entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, seguem em funcionamento, mas em um número muito menor de quando o monitoramento entrou em vigor.
Há oito anos, 23 equipamentos foram instalados, testados e entregues para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na época, o investimento feito pela superintendência no Rio Grande do Sul foi de R$ 2 milhões.
Atualmente, apenas quatro estão funcionando: na região da estação Aeroporto do Trensurb, em Porto Alegre; próximo da estação Niterói, da saída da Rua Victor Barreto, e na Praça do Avião, em Canoas. As outras 19 estão desligadas porque não há um contrato prevendo a manutenção dos equipamentos, que estragaram, queimaram ou até mesmo foram vandalizados.
O superintendente da PRF no Rio Grande do Sul, Luís Carlos Reischak, tem uma estratégia para voltar a contar com mais câmeras. A ideia é busca parcerias com as prefeituras para garantir a manutenção dos equipamentos.
Além de observar os congestionamentos, e identificar acidentes antes mesmo do contato dos usuários da rodovia, os policiais também usam as câmeras para registrar infrações e emitir multas. Porém, como poucas estão funcionando, não há mais um operador dedicado especificamente a elas. No entanto, a PRF informa que, quando uma infração no trânsito é identificada, a multa é gerada.
Segundo dados divulgados em 2012 pela PRF, em 2011, 1950 motoristas foram multados entre setembro e dezembro. Em 2012, esse número chegou a 2912 durante todo o ano. A maior parte das infrações identificadas eram de caminhões transitando na faixa da esquerda e carros estacionando em local proibido. Atualmente, a superintendência informa que não é possível saber quantos motoristas foram multados em 2019 com o auxílio das imagens.