O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) está perdendo 48 engenheiros. Este número representa pouco mais de um terço do número total de profissionais que a autarquia dispõe para dar andamento às obras de infraestrutura nas rodovias estaduais gaúchas.
Contratados emergencialmente em 2014, os profissionais estão sendo desligados porque os vínculos não podem mais ser renovados. Os últimos dois engenheiros serão desligados nos dias 11 e 20 de julho.
O motivo do desligamento é um entendimento da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) sobre impossibilidade jurídica destas renovações. Dessa forma, o governo precisa realizar uma nova contratação, por meio de processo seletivo.
Antes, porém, o Daer precisará aguardar a aprovação de um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa. Quando a lei entrar em vigor, se for sancionada, a recontratação emergencial deverá ocorrer em até seis meses, segundo avalia a autarquia. Serão 37 vagas para exercerem a função de Especialista Rodoviário – Engenheiro Civil e Engenheiro Químico, e oito vagas para exercerem a função de Técnico Rodoviário - Técnico em Estrada, Transporte de Carga, Secretariado e Hidrologia.
Enquanto isso, a autarquia informa que está fazendo uma readequação dos trabalhos. Os projetos serão distribuídos aos 83 engenheiros do quadro. O objetivo é evitar prejuízo aos serviços realizados, como a duplicação da RS-118, a pavimentação de acessos asfálticos e operações tapa-buracos nas rodovias, que ficaram dez meses sem recuperação.
"As atividades serão priorizadas com discricionariedade pelas Diretorias, tendo indicação a nenhuma em especial", diz o Daer por meio de nota.
A dificuldade surge exatamente no momento em que o governador Eduardo Leite anunciou R$ 301 milhões para serem investidos nas rodovias estaduais. Todas as melhorias estão programadas para começar imediatamente e terminar ainda neste ano.