Daqui a nove dias, a duplicação da RS-118 vai completar 13 anos. E para marcar a retomada dos trabalhos, que estavam suspensos por falta de dinheiro nos últimos meses, o governador Eduardo Leite irá fazer sua primeira vistoria na obra de 21 quilômetros, entre Gravataí e Sapucaia do Sul. A visitação ocorrerá durante a tarde desta segunda-feira (1).
Há duas semanas, Leite anunciou que o governo usará R$ 131 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para concluir a obra. Sete dias depois, as construtoras voltaram para a rodovia.
As empresas ainda não receberam recursos. Elas tem R$ 12 milhões de crédito. Mas a Secretaria Estadual dos Transportes anuncia que já foram liberados R$ 38 milhões. Deste saldo, R$ 6,7 milhões serão repassados de forma imediata. Porém, as empresas vão precisar comprovar o débito com a documentação que precisa ser enviada ao Piratini.
A construtora Toniolo, Busnello havia suspendido os trabalhos no começo de abril. Ela tem a receber aproximadamente R$ 5 milhões do governo do Estado. A empresa é responsável pela duplicação de cinco quilômetros em Sapucaia do Sul. Sem receber recursos desde novembro do ano passado, a empresa chegou a demitir todos os 90 trabalhadores da sua parte da obra.
Já a construtora Sultepa é responsável pela duplicação dos demais 16 quilômetros da RS-118, entre Sapucaia do Sul e Gravataí. Os trabalhos nesta região não chegaram a parar totalmente em 2019, mas a empresa reduziu significativamente suas ações.
Há um mês, a empresa alertou o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) que, como a colocação de asfalto foi interrompida sem o término dos trabalhos, serviços já executados terão que ser refeitos. Ela tem a receber R$ 1,5 milhão do Piratini. Existe a possibilidade da construtura terminar sua parte até o fim deste ano.
A construtora Premold retomou os trabalhos nas pontes do Arroio Sapucaia. Outras duas construções precisam ser reiniciadas. São elas: o viaduto sobre o Trensurb e o viaduto da Avenida Theodomiro Porto da Fonseca. A duplicação não será concluída antes de junho de 2020.