"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões." (Winston Churchill)
A definição de objetivos é essencial para qualquer conquista, profissional ou pessoal. Isso faz da convicção um elemento definitivo na nossa trajetória, porque ela é fundamental no alinhamento de ideias, no resgate da confiança, no recrutamento de parceiros para uma causa comum e na manutenção do entusiasmo.
Além de valiosa, essa virtude é, por definição, completamente transparente, mantendo-se inalcançável pela mentira ou dissimulação. Os incautos que se aventuram em tarefas para os quais não têm a menor vocação deveriam ser alertados de que, logo adiante, serão fatalmente desmascarados pela exposição pública, implacável como ela só.
Por outro lado, a busca do que se planeja com convicção gera uma energia que resiste ao desânimo do acomodado, ao desencanto dos que sempre acham que não valerá à pena e à pobreza espiritual dos invejosos.
Para a obtenção do sucesso, em qualquer área profissional, uma dose básica de ambição é indispensável para dar a partida. Depois, a convicção fará o resto.
Modelos estereotipados de conduta sempre entram em choque quando se atina para o quanto somos diferentes.
Vista com isenção, é ingênua a tentativa de vender modelos que contribuam para a felicidade geral, apesar da insistência com que ela é usada como base da literatura de autoajuda. Por mais que seja bem-intencionada, ela foi concebida a partir de um equívoco conceitual: modelos estereotipados de conduta sempre entram em choque quando se atina para o quanto somos diferentes. A propósito, festejemos a diversidade, que nos protege da rotina tediosa que afugenta a criatividade que anima e a surpresa que energiza.
O mesmo cuidado deve ter o professor quando, seduzido pela comodidade, se vê tentado a oferecer lições pré-moldadas e repetidas à exaustão. Essa atitude consagra a inépcia, em que os envolvidos não se chateiam de entregar o prato pronto sem qualquer interesse pela individualidade do paladar.
O verdadeiro professor não desiste de alcançar a melhor estratégia pedagógica que, antes de tudo, estimule o sagrado direito que todos têm: o de pensar por conta própria.
A sociedade educada sob o prisma da autenticidade formará bons profissionais e ótimos políticos, forjados sob a inabalável certeza de que a imagem que se vende na campanha é definitiva. Da firmeza dessa atitude depende a conquista do respeito consagrador ou, na falta dela, o lacre da insignificância.
Imagine-se a maravilha que seria se não tivéssemos dúvida do que significa ter, por exemplo, maioria no Parlamento, eliminando a tristeza que toma conta do cidadão comum quando percebe que escolheu para representá-lo um tipo que não tem convicção. Essa frustração explica, em grande medida, porque um percentual expressivo da população não se lembra em quem votou para deputado.
O esquecimento parecerá mais digno do que assumir que apostamos no vazio.