Jair Bolsonaro já não é unanimidade entre os apoiadores da Lava-Jato. A base de apoio da operação anticorrupção, que votou nele para evitar a vitória do PT, torce o nariz para as últimas indicações políticas do presidente para cargos regionais na Polícia Federal, na Receita Federal e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que formam o sustentáculo das investigações da Lava-Jato. Não satisfeito em mexer com esse trio de carreiras de Estado, Bolsonaro parece decidido a colocar como Procurador-Geral da República (PGR) alguém que o chame, na intimidade, de "Mito".
ANÁLISE
Ao rifar cargos-chave em investigações, Bolsonaro perde apoio na Lava-Jato
PF conseguiu reverter indicação do presidente para o Rio, mas Receita e procuradores da República ameaçam com boicote para evitar critérios políticos nas nomeações