No local em que as primeiras sementes de soja foram plantadas no Estado, uma placa ocupa agora o espaço do marco zero do grão no Brasil. O símbolo, inaugurado ontem em meio à programação da Fenasoja, em Santa Rosa, no Noroeste, faz parte das ações que marcam o centenário da cultura no país.
A cerimônia, na Linha 15 de novembro, contou com a presença de descendentes do pastor norte-americano Albert Lehenbauer, que trouxe a oleaginosa ao país, assim como das famílias pioneiras no cultivo: Bessel, Schwartz, Muller e Brakmann.
— As sementes que meu avô trouxe ajudaram muitas famílias a reconstruir suas vidas, pois tinham o propósito de deixar um legado para seus filhos — afirmou Walter Lehenbauer, neto de Albert.
Presidente da feira, Dário Júnior Germano, enfatizou à coluna que é preciso "celebrar e reconhecer a nossa história", projetando também o futuro e os desafios daqui para frente. Para isso, uma série de atividades e palestras serão desenvolvidas em meio à Fenasoja, que segue até o dia 8.
— Sem dúvida, o Brasil continuará sendo o país que alimentará o mundo, importante em todas as negociações internacionais. E a soja estará como centro de desenvolvimento do agro e do país — acrescentou Germano.
Na safra 2025, o Brasil deve colher, segundo o IBGE, 160,2 milhões de toneladas, alta de 10,9% sobre o ciclo anterior. O país é o maior produtor mundial do grão, seguido pelos Estados Unidos. Para o RS, a Emater projeta uma colheita de 21,65 milhões de toneladas, crescimento de 18,6% em igual comparação. O plantio chegou a 64% da área total estimada.