A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois de um hiato de quase dois anos, as aves criadas no Rio Grande do Sul poderão voltar para o espaço de exposições, torneios, feiras e eventos. A retomada foi possível a partir de uma instrução normativa conjunta publicada na sexta-feira pelas secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente, que traz as regras que devem ser cumpridas para essa participação.
Há pontos comuns com a autorização anterior e outros novos. É o caso da exigência para que as instalações onde ficarão os animais no evento sejam projetadas de forma a evitar a entrada de aves externas. Determina a gramatura das telas a serem usadas, por exemplo, explica Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura:
— A ideia foi que este segmento da cadeia da avicultura não ficasse alijado de eventos em função da situação da influenza aviária.
A proibição da movimentação de aves de raça e ornamentais saiu em fevereiro de 2023, em razão da chegada da influenza aviária em países vizinhos. No RS, o primeiro foco da doença, em aves silvestres, foi em maio de 2023. De lá para cá, se manteve a suspensão da participação, incluindo duas edições da Expointer, grande vitrine para criadores. A diretora explica que a retomada se dá porque a situação está posta, e será necessário aprender a conviver com ela – o rebanho de aves comerciais segue protegido contra o vírus.
A presidente da Associação Brasileira de Preservadores e Criadores de Aves de Raças Puras e Ornamentais, Helena Noschang, disse que a volta da participação nos eventos deixou todos “eufóricos”:
– A exposição é uma valorização, juízes selecionam a melhor genética, que fica preservada. É a recompensa de todo o trabalho. E mesmo sem as feiras, os gastos continuaram.