A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Se o ano de 2024 deve ser de freio na venda de máquinas agrícolas, 2025 já promete ser diferente. No levantamento mensal divulgado nesta quarta-feira (30), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) sinaliza que o ano que vem deve marcar o início de uma recuperação dos negócios no setor.
Presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, Pedro Estevão Bastos estima que as vendas devem crescer 8% no Brasil.
— O cenário deve continuar bastante parecido, com preço de commodities em baixa (soja e milho) e juro alto. Mas se espera que não tenha seca. E isso deve fazer a diferença.
No Rio Grande do Sul, responsável por 11% a 12% das vendas nacionais de máquinas agrícolas, o cenário deve ser parecido. Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Claudio Bier estima uma alta entre 7% e 8% em 2025.
— Está se desenhando uma grande safra, tanto de soja quanto de arroz. Com o preço bom que está o arroz, tudo indica que os produtores irão renovar o seu parque, comprar máquinas mais modernas que produzem mais — justifica Bier.
Para 2024, a Abimaq estima uma queda de 25% nas vendas em todo o Brasil. No acumulado do ano até setembro, a redução já chega a 20,6%, com R$ 45 bilhões em receita. No Estado, a estimativa volta a ser parecida, com uma queda de 24%, segundo o Simers.