O centroavante Welder marcou apenas um gol com a camisa do Caxias na temporada passada. Contudo, ele foi decisivo em um momento importante. O camisa 9 balançou as redes na partida que definiu a permanência do Grená na Série C do Brasileiro diante do ABC. Na ocasião, o Caxias venceu por 2 a 0, no Estádio Centenário.
O atacante é um dos poucos que ficaram do time da temporada passada. A reformulação foi grande e necessária dentro de campo, mas também mudou no entorno das quatro linhas a filosofia do departamento de futebol.
— O Caxias estava se readaptando e acostumando com uma Série C, que não é fácil de se jogar. Eu joguei a Série C uma vez, em 2019, pelo Sampaio Corrêa, onde fui vice-campeão, e não é fácil. O Caxias fez o que tinha que ser feito, se manter. E essa mudança toda agora, eu acho que vejo como um ponto positivo, necessário para que sacuda as coisas, para que a gente tenha mais entendimento, fique mais ligado no que está por vir por esse ano — comentou o remanescente.
Natural de Porto Alegre, Welder conhece bem o Campeonato Gaúcho. O atleta já rodou pelo interior do estado em times como Pelotas, Esportivo, Avenida e Guarany de Bagé. A última vez que ele disputou o certame foi em 2019. Agora, ele vai encontrar um Estadual diferente, mais curto na primeira fase com a redução de 11 para oito jogos.
— Mudou o formato, agora é mais curto, mais pegado e acredito que quem se preparar melhor vai conseguir entregar um resultado melhor. É um jogo atrás do outro, se um jogador se lesionar praticamente perde a competição. Acredito que vamos fazer um bom Gauchão. A gente está preparado para isso tanto fisicamente, mentalmente e tecnicamente — comentou o atleta que completou sobre voltar a jogar o Estadual gaúcho:
— Eu fico muito feliz de voltar a disputar o Gauchão. Meu último foi pelo Avenida. Estamos fazendo bons treinamentos, conseguindo entender o que o Luizinho quer. Também um treinador que conhece a competição. Chegou nas cabeças duas vezes, nos últimos dois Gauchões.
MODELO PROPOSITIVO
O presidente Roberto De Vargas já deu o recado de como quer o Caxias em campo: um time "mordedor". Nos primeiros testes já foi possível ver o modelo de jogo do técnico Luizinho Vieira bem definido. Marcação alta e intensidade serão características da equipe grená em campo.
— É um esquema que nos pede uma intensidade o tempo todo. Até por isso nosso grupo foi montado em cima da idade e característica. Uma média bem baixa de idade. Para mim que joga lá na frente, é mais confortável para mim, porque eu não preciso voltar a marcar o campo todo, porque estamos sempre marcando pressão, procurando a recuperação de bola logo em cima, e teve dois gols nos amistosos que foram de pressão de bola — destacou Welder.