A distância entre o anunciado e o efetivado é o argumento que volta a mobilizar integrantes do Movimento SOS Agro RS. Parte do grupo esteve na Assembleia Legislativa na segunda-feira (16), onde manifestou a preocupação com a demora na concretização da ajuda. A votação de um projeto de lei, que deve sair hoje na Câmara Federal, é considerada um passo essencial. O PL 3.117/2024 traz, entre outras coisas, o aporte de recursos para viabilizar, na prática, o apoio sinalizado.
– Após 140 dias, ainda aguardamos soluções concretas para continuar no setor. A demora e a burocracia fazem com que as promessas não tenham sido atingidas – lamentou a produtora Graziele de Camargo, uma das coordenadoras do SOS AGRO.
Além do agro, representantes de outros setores da economia reforçaram no espaço da Assembleia Legislativa a dificuldade de acesso aos recursos. No caso dos produtores, há duas medidas colocadas. Uma para quem tem financiamentos com recursos controlados, que oferece subsídio na forma de desconto, conforme o percentual de perdas. A outra é a possibilidade de agricultores buscarem o fundo social para quitar as parcelas dos empréstimos em aberto. Só que a concretização desse acesso depende de haver dinheiro disponível.
Do contrário, a medida não tem efeito prático. Há diferentes estimativas do quanto seria necessário para dar conta da demanda. Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul, projeta que seja de R$ 25 bilhões.