É com o potencial de um novo recorde na produção de grãos que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou as Perspectivas para a Agropecuária no ciclo 2024/2025. Pelos números, o Brasil pode colher 326,93 milhões de toneladas, quantia que representaria um aumento de 8,17% sobre 2023/2024 e novo recorde.
A depender, claro, de como serão as condições climáticas. Neste ano, o Rio Grande do Sul sofreu com a cheia, e outras regiões se veem às voltas com os efeitos da seca – que no calendário do setor podem se estender para o próximo. Além disso, há um prognóstico de La Niña, fenômeno que para os gaúchos pode se traduzir em tempo mais seco.
Parte da perspectiva dessa colheita farta vem do aumento de área cultivada. Na relação das culturas listadas, apenas o milho de 1ª safra e o feijão de 2ª safra têm reduções estimadas. A soja deve ocupar um espaço, no país, 3% maior do que no ciclo passado. Percentualmente, o maior avanço projetado é para a cultura do arroz, com alta de 11,1%. Maior produtor nacional do cereal, com fatia de 70% do total nacional, o Rio Grande do Sul tem, conforme dados da intenção de plantio apresentada pelo Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga), uma previsão de expansão com percentual menor, de 5,3%.