Em uma pequena amostra do grande estrago deixado pela catástrofe climática registrada no Rio Grande do Sul, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) mapeou as perdas acumuladas por produtores da cultura. Realizada na Região Central, a pesquisa coletou dados em 312 propriedades de 23 municípios. Considerando perdas com grãos na lavoura, nos silos, em estruturas de armazenagem, máquinas, equipamentos, açudes e sistemas de irrigação, entre outras, a cifra chega a R$ 170 milhões. O dado foi apresentado em primeira mão no Campo em Debate realizado nesta segunda-feira (26) na Casa RBS.
— Nisso estamos quantificando o que dá. Certas perdas não têm como ser quantificadas — destaca Flávia Tomita, diretora técnica do Irga.
A escolha da Região Central para a aplicação do questionário e a realização do levantamento se deve ao número de produtores afetados no local. E, embora a área cultivada represente 13% do total com arroz no RS (o que fez com que a safra gaúcha como um todo tivesse um resultado satisfatório, apesar do clima), é a que concentra 47% dos produtores do Estado. Ou seja, são pequenas propriedades: 55% têm menos 50 hectares.
Remoção de solo, assoreamento e erosões são outros problemas deixados pela força das águas e apontados no estudo.
— Não são só informações para o Irga, são para as prefeituras, governo estadual, federal, para que possa ajudar esses produtores, mas tendo um número — explica Flávia, sobre a relevância dos dados.
O levantamento preliminar já foi apresentado ao Estado, mas um relatório completo também será encaminhado para ajudar na elaboração de políticas púbicas para o segmento.