Os números crescentes e os recordes batidos nas vendas ao mercado externo confirmam a qualidade e a relevância do Brasil como fornecedor global de carne. Mas nada como dar uma prova concreta disso para abrir o apetite de novos consumidores. É por isso que o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), em São Paulo, coloca no cardápio as degustações.
Pela primeira vez com um estande na feira, que terminou nesta quinta-feira (8), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) levou cerca de 500 quilos de carne bovina para servir aos visitantes.
O marmoreio (gordura entremeada ao músculo) visível no ancho a ser grelhado se traduzia em sabor e maciez na hora de comer.
— Juntar as proteínas (no mesmo espaço) valoriza o produto do Brasil — afirma Lhais Sparvi, diretora de Relações Internacionais da Abiec.
A parceira firmada com a Apex Brasil, por meio do projeto Brazilian Beef, costuma servir a carne bovina em feiras mundo afora. E dessa vez, ficou à mesa em seu espaço no Siavs.
Assim como na carne suína, a bovina teve em julho um volume mensal recorde de exportações, com cerca de R$ 270 mil toneladas por mês.
Em outro estande, era a combinação dessa carne com a ovina e suína que estava no menu. Com direto a inovação: a cabanha La Glória, que tem parceria com a Belluno, levou a besaola. O produto lembra a copa, mas feito com carne bovina.
— E a comida das estações de esqui na Europa. É um produto que tem pouca gordura — explica Eduardo Ceratto.
Ele e o filho conduzem a Belluno, que faz produtos à base de carne suína. Junto com a La Glória, formam a Serrano Agrofoods. Nos três dias de feiras, foram cerca de 60 quilos — vale lembrar que esses produtos são servidos em poucas gramas.
Quem também colocou proteína à mesa foi a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). Da tulipa de frango ao omelete, o espaço deu um gostinho da produção do Estado.