Foi com a ajuda do apetite das Filipinas que o Brasil chegou em julho a um novo recorde mensal de exportação de carne suína em julho. As 138,3 mil toneladas embarcadas para o país asiático representam uma nova marca para a proteína e uma alta de 31,4% na comparação com igual período do ano passado. O ranking de maior comprador também traz uma novidade com as compras do país asiático, que desbancou os chineses da posição, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) no Salão Internacional de Proteína Animal.
— Filipinas, que recentemente aceitou o pré-listing, foi o principal comprador pela primeira vez da proteína suína em julho. Outro ponto destacado foi a cada vez maior presença no mercado japonês, que demanda produtos customizados e de maior valor agregado — destaca o diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua.
O volume comprado pelas Filipinas foi de 27,2 mil toneladas, avanço de 137,5%. A China ficou na segunda posição, com 19,7 mil toneladas (-48,4%), seguida por Japão, com 11,3 mil toneladas (crescimento de 235,1%).
Segundo maior exportador entre os Estados brasileiros de carne suína, o Rio Grande do Sul fechou o mês passado com crescimento de 5,6% no total vendido ao mercado externo, com 30,2 mil toneladas. O acesso ao mercado filipino veio após a evolução do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação.
Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips), José Roberto Goulart, destacou o sistema de defesa animal como uma das grandes vantagens competitivas da carne brasileira no mercado global:
— Nosso maior patrimônio é a sanidade.
O dirigente acrescenta que é fundamental o país seguir investindo em prevenção e que, em caso de eventual evento sanitário, esteja preparado para agir rapidamente, como foi com o caso de Newcastle.