A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Alimentadas pela produção de cana-de-açúcar, as cachaçarias caíram no gosto dos brasileiros, incluindo os gaúchos, e multiplicaram os registros de novos negócios em 2023. No Rio Grande do Sul, foram 63 empreendimentos, um crescimento de 4% em comparação a 2022. No Brasil, 1.217 , número 7,8% maior. É o que mostram os dados do Anuário da Cachaça 2024, referentes ao ano de 2023, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério da Agricultura.
Na avaliação de Jocimar Rabaioli, assessor de Política Agrícola e Agroindústria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), cachaçarias enquadradas como agroindústrias familiares têm na participação em feiras e a necessidade de agregar renda à propriedade rural dois dos fatores para a expansão.
— As feiras têm funcionado como vitrine dos produtos da agricultura familiar e, por isso, como incentivo para os empreendimentos buscarem a formalidade. Porque a feira é um mercado formal — analisa o dirigente.
É o que mobilizou a cachaçaria Possamai, de Imigrante, no Vale do Taquari, a buscar o registro em 2024. Criada há dois anos para diversificar a renda na propriedade familiar, voltada à produção de aves de corte e pecuária de leite, a agroindústria se prepara para participar, pela primeira vez, da Expointer.
— Estamos muito animados. Vai ser muito importante para nós, ter todo o trabalho valorizado em uma feira tão importante como a Expointer — diz Renata Possamai, uma das filhas da família à frente do negócio.