Combinados, os aumentos nas alíquotas de IPI, que passou para 25%, e de ICMS, elevada para 20%, estão tirando o sono dos donos de agroindústrias familiares do Estado que produzem cachaça artesanal. A preocupação é que as novas taxas inviabilizem a atividade.
Diretor de Cachaça da Associação dos Produtores de Cana de Açúcar e Derivados do RS (Aprodecana), Evandro Weber faz a matemática do problema. Só a diferença do IPI assusta. Antes, o custo em uma garrafa de R$ 50 era R$ 2,90. Agora, é R$ 12,50.
- Já estamos em crise, as pessoas gastam menos. Quem comprava um produto de R$ 50 vai adquirir um de R$ 40, de R$ 30. O maior problema é o impacto sobre o produto de valor agregado - lamenta Weber, proprietário da Weber Haus.
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Ele cancelou os planos de expansão para a unidade em Ivoti. Com custo maior para a indústria, inevitavelmente o preço do produto final ficará mais amargo. Só o repasse médio da alta de imposto será de 35%. Há ainda os custos. A projeção é de que nas prateleiras, a garrafa fique entre 50% e 60% mais cara.
- A cachaça é a bebida do Brasil. Merece um tratamento diferenciado porque representa nosso país no mundo - entende Weber.
Vinhos também tiveram aumento de IPI. A Aprodecana e o Instituto Brasileiro de Cachaça têm buscado alternativas para a questão com parlamentares no Estado e em Brasília. A solicitação é para que o IPI seja reduzido de 25% para 17%. Há ainda uma mobilização para que o Estado desenvolva p