A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Considerado uma tendência sustentável no agronegócio, o uso de bioinsumos no campo já traz reflexos para o mercado no Brasil. Na última safra, as vendas cresceram 15%, conforme estimativa da Blink/CropLife Brasil, divulgada em pesquisa nesta terça-feira (25). Em reais no mesmo período, considerando o preço final para o agricultor, as vendas totalizaram R$ 5 bilhões.
Eduardo Leão, presidente e CEO da CropLife Brasil, atribui esse cenário a uma maior procura por atividades de baixo impacto ambiental. De acordo com o dirigente, os produtos biológicos acabam sendo uma alternativa viável porque são desenvolvidos a partir de biológicos — enzimas e microorganismos, por exemplo — para controle de outros biológicos. Reduz-se o uso de produtos químicos, como defensivos agrícolas, por exemplo.
Leão também cita a profissionalização e a expansão da indústria, o manejo integrado e novas formulações e tecnologia como outros fatores para essa alta.
Ainda de acordo com a pesquisa da Blink/CropLife Brasil, a soja segue como o principal cultivo que utiliza os bioinsumos, com 55% do mercado na safra 2023/2024. Depois, vem o milho, com 27%. E os bioinseticidas, como o principal produto dentro dos bioinsumos, com 34% do mercado.
Entenda a distribuição no país
Ainda segundo o mesmo levantamento, o Rio Grande do Sul é o sétimo Estado com a maior adoção de bioinsumos, atrás do Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Veja: