A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Em liquidação extrajudicial há quase um ano, a Cooperativa Languiru ganhou uma nova oportunidade de recomeço para um dos seus ativos. É no frigorífico de aves de Westfália, que volta a operar em dois turnos a partir da próxima segunda-feira (10). A unidade vinha realizando abates terceirizados para a JBS desde o início do ano, mas com metade da capacidade da planta — que é de 150 mil animais por dia. Agora, a operação passa a funcionar novamente com 100% da capacidade.
Para suprir a demanda, 240 vagas foram abertas, afirma Paulo Birck, presidente e liquidante da Languiru. Até então, a planta estava operando com 420 funcionários. Os novos postos estão em fase de contratação.
— Serão funcionários da cooperativa, já que o frigorífico é da Languiru. O que a cooperativa faz é uma prestação de serviço à JBS — esclarece o dirigente.
Com a nova configuração, a JBS passa a fornecer 125 mil aves diariamente à planta. Até então, o fornecimento de produtores integrados da Seara, marca do portfólio da empresa, era de 50 mil aves por dia. Os cooperados da Languiru seguem entregando 25 mil animais por dia.
— O que é proteína da JBS seguirá saindo da planta com a marca da JBS. E o que é da Languiru, com a marca da Languiru — acrescenta Birck.
Cada uma também segue responsável pelo transporte da proteína até a unidade e a posterior destinação ao mercado.
O contrato de industrialização entre a JBS e a Languiru tomou forma em junho do ano passado como uma tentativa de reduzir a ociosidade da unidade. Para a companhia, é mais uma iniciativa para expandir seus negócios. Para a cooperativa, é uma oportunidade de rentabilizar seus ativos.