Por Jozé Nazareno, Sócio fundador da Nazale
A construção civil é um dos pilares do desenvolvimento das cidades, impulsionando a economia, gerando empregos e transformando espaços urbanos. No Litoral Norte gaúcho, o setor tem sido um dos principais motores de crescimento, atraindo investimentos e contribuindo de modo a proporcionar infraestrutura para os municípios.
De acordo com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado (Sinduscon-RS), a região litorânea já ocupa a posição de segundo maior mercado imobiliário do Rio Grande do Sul, com um Valor Geral de Vendas (VGV) que ultrapassa os R$ 6 bilhões em 2024. Esse avanço é impulsionado pela crescente busca por imóveis para lazer e moradia.
Esse movimento se fortaleceu especialmente na pandemia — e se consolidou nos anos seguintes, com muitas famílias buscando a região e suas cidades para viver de forma mais tranquila, com qualidade e perto da natureza.
É essencial que iniciativa privada, poder público e sociedade civil atuem de forma integrada
Além do impacto direto na economia, a construção civil gera uma série de efeitos multiplicadores. Um levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indica que, para cada R$ 1 milhão investido no setor, cerca de 14 empregos diretos são gerados, além de inúmeros postos indiretos no comércio e em serviços especializados.
No Litoral Norte, esse efeito é ainda mais expressivo, já que a atividade turística também se beneficia da valorização imobiliária e da expansão da infraestrutura urbana. Outros segmentos, como educação e saúde, também estão de olho nesse fluxo, o que resultou em novos empreendimentos que beneficiam toda a população.
Entretanto, para que esse progresso ocorra de forma sustentável, é essencial que iniciativa privada, poder público e sociedade civil atuem de forma integrada. O desenvolvimento econômico se torna um benefício coletivo quando alinhado ao planejamento urbano responsável, à preservação ambiental e à criação de oportunidades para quem vive na região.
O verdadeiro progresso não se mede apenas pela quantidade de obras erguidas, mas pelo impacto positivo que deixam para as futuras gerações: cidades bem planejadas, empregos qualificados e mercados imobiliários sólidos. Quando a comunidade se une para fazer o certo, fortalece-se um ciclo virtuoso de crescimento, promovendo qualidade de vida, valorização do território e a construção de um futuro mais sustentável para todos.