A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois de 11 dias seguidos, está concluída a drenagem da enchente que avançou sobre o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O trabalho de retirada de quatro milhões de metros cúbicos de água foi feito com a ajuda de bombas tradicionalmente usadas em lavouras de arroz. Ao todo, 14 equipamentos foram emprestados por produtores de Camaquã, Mostardas e Uruguaiana e da empresa Agrimec, de Santa Maria para a tarefa.
Na avaliação de Anderson Belloli, diretor executivo e jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), "a missão foi cumprida":
— Conseguimos dar uma resposta à altura do que se espera do setor agropecuário do nosso Estado.
O trabalho voluntário do setor foi realizado junto ao Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae) e à Fraport, empresa concessionária do aeroporto. As bombas emprestadas por arrozeiros puxaram a água que ficou represada e, com a ajuda de canos plásticos, sustentados por apoio de madeira, foi escoada para o Arroio Areia. De acordo com o produtor Daniel Jaeger Gonçalves, que ajudou a coordenar a ação no local, foi possível retirar água também de bairros no entorno:
— O sentimento é de dever cumprido ao ver a pista seca e já visualizar os primeiros trabalhos no sentido de reconstrução do local.
A atuação no aeroporto fez parte do movimento Drenar RS, que reuniu entidades e empresas do setor.