A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Mais de 40 bombas de arrozeiros estão à disposição da prefeitura de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo para empréstimo. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (20), durante reunião entre o setor produtivo e o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
Na semana passada, a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz) iniciou a mobilização da cadeia produtiva, que é experiente no manuseio de água – as lavouras são 100% irrigadas no Estado – e pode ajudar a drenar o excesso nas ruas das cidades com a tecnologia.
O próximo passo, de acordo com Lauro Ribeiro, produtor e engenheiro agrícola que encabeçou a iniciativa, é traçar um plano de ação a partir do número de bombas que poderão ser contadas na ação:
— São detalhes operacionais. Não adianta ter local para instalação das bombas se não são em todos os lugares que é possível instalar.
Para São Leopoldo e Novo Hamburgo, no entanto, as negociações estão mais avançadas. Duas bombas, com capacidade de drenar 2,5 mil litros por segundo, já saíram de Uruguaiana, onde está situada a propriedade que emprestou, até o Vale do Sinos.
Em Porto Alegre, desde a semana passada, arrozeiros de Mostardas, no Sul, já estão auxiliando no escoamento no Bairro Anchieta, onde fica a região do Aeroporto Salgado Filho.
A iniciativa começou em Pelotas, no Sul, onde foram emprestadas 25 bombas por arrozeiros. A tecnologia foi instalada nos cinco pontos de bombeamento da cidade e, na avaliação de Ribeiro, ajudou a controlar o nível da inundação.