A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Se no Estado o cenário do momento é de chuva excessiva, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde ocorre a Agrishow, o sol forte e a temperatura elevada, de 34ºC, é um lembrete dos extremos climáticos do país. A necessidade de estar preparado para produzir em qualquer tempo faz com que a Valley, marca da empresa Valmont Irrigation, projete crescimento de 20% das vendas de equipamentos no território gaúcho, que hoje possui 70 mil hectares com pivôs da marca.
Na avaliação do diretor-presidente da Valmont Brasil para Irrigação, Cristiano Del Nero, o potencial é claro: "além de ser um seguro contra a seca", vivida de forma cíclica no RS, é também verticalizador e acelerador da produção.
— Esperamos um crescimento no Estado de 20% neste ano e no ano que vem um pouco mais — reforça o dirigente.
As recentes medidas adotadas para avançar a adoção do sistema no Estado também são vistas como incentivos a esse avanço em território gaúcho. Como a lei aprovada pelo Legislativo gaúcho e sancionada pelo governo do Estado que permite mexer em áreas de preservação para fins de irrigação.
O tempo destoante entre os dois Estados, a previsão meteorológica que prevê que o fenômeno El Niño se estenda até o outono, o preço de commodities em baixa, juros altos e a perspectiva de quebra de safra no Centro-Oeste , no entanto, continuam sendo alguns dos motivos que tornam o cenário desafiador e nada óbvio.
No Rio Grande do Sul, apenas a cultura do arroz é totalmente irrigada, com 99% da área planada. A soja tem apenas 2,8% da área com a tecnologia, de acordo com dados da Radiografia da Agropecuária Gaúcha de 2023. O milho grão, 13,7%, e o feijão, 14,3%.
A coluna viajou a Ribeirão Preto a convite do Pool Mecânica Comunicação Estratégica.