A recente abertura do mercado de Singapura para a carne suína processada do Brasil reforça o otimismo de que o ano termine com novo recorde de volume embarcado. O resultado no acumulado do ano é outro indicativo: o volume da proteína exportado entre janeiro e julho, 695,1 mil toneladas, é 14% maior do que o em igual período do ano passado, apontam dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgados nesta segunda-feira (7). Da mesma forma, a receita foi vitaminada: crescimento de 24%, somando US$ 1,6 bilhão. Além disso, nos últimos cinco meses, a média mensal da quantidade comercializada para o mercado externo tem ficado acima das mil toneladas.
— As projeções positivas para o ano se respaldam, especialmente pela influência das vendas para destinos recentemente abertos, como Canadá, México, Peru, além de outros como a recente ampliação de autorizações, como é o caso de Singapura, com produtos processados de carne suína — reforça Luís Rua, diretor de Mercados da ABPA.
Essa diversificação de destinos é apontada também pelo presidente da entidade, Ricardo Santin, como um dos fatores para a boa performance, ao lado da "manutenção do desempenho e compras da China", que segue sendo o principal destino, com uma fatia de mais de 30% do total embarcado pelo Brasil.
— Há boas expectativas quanto ao desempenho dos embarques do setor para o ano, com indicativos de potencial recorde — avalia Santin.
A recente missão empresarial para o Oriente, e a sinalização da vinda de uma missão sul-coreana para o país até o final do ano é outro fator promissor. A visita da comitiva é o primeiro passo no caminho do reconhecimento do país asiático de Estados que obtiveram a condição de livre da aftosa sem vacinação — caso do Rio Grande do Sul. Isso ampliaria a quantidade de fornecedores (logo, o volume) da carne suína vendida à Coreia do Sul, já que até então somente Santa Catarina atende a esse requisito.