A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Após o Ministério da Agricultura orientar os Estados a declararem emergência zoosanitária devido ao avanço da gripe aviária no país, a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul informou que ainda avalia se a medida será adotada por aqui. Santa Catarina já atendeu ao pedido do ministério.
O pedido do governo federal é mais um sinal de alerta frente ao vírus, que já chega a aves de criação doméstica com focos deste tipo no Espírito Santo e em Santa Catarina. Ainda que as ocorrências não alterem o status brasileiro de livre da doença, os casos positivos já resultam em consequências comerciais. No início da semana, o Japão ampliou a suspensão de importações de carne de frango dos dois Estados com o casos domésticos.
O estado de emergência zoosanitária já havia sido declarado em território nacional, em 22 de maio, por meio de portaria do Ministério. Isso possibilitou a liberação de R$ 200 milhões em recursos direcionados para ações de controle e combate à influenza. A orientação, agora, é que cada Estado encaminhe a sua declaração. O mecanismo tem como principal objetivo autorizar medidas excepcionais e agilizar processos na liberação de recursos, por exemplo.
Na próxima semana, uma delegação oficial se reunirá com autoridades japonesas em Tóquio, incluindo o ministro da Agricultura Carlos Fávaro. O objetivo será ajustar as exigências de importação de aves e produtos avícolas às diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal.
Em reunião com governadores na quinta-feira (20), Fávaro reforçou a importância de os Estados manterem a guarda alta em relação às ações de contenção do vírus.
No fim da manhã desta sexta-feira (21), eram 65 focos confirmados de gripe aviária em aves silvestres no país e dois em criações de subsistência, conforme atualização mais recente do painel de dados do Ministério da Agricultura.